Conheça mais sobre a história da viola caipira

A viola, integrante da família dos cordofones, possui braço e ordens duplas, e se desenvolveu nos séculos XVI, XVII e XVIII. Foi trazida ao Brasil pelos primeiros colonizadores portugueses e jesuítas, adaptando-se ao novo ambiente e ganhando diferentes funções sociais. No final do século XVIII e durante o século XIX, a viola se popularizou no Brasil, sendo adaptada a diversos contextos culturais.

No país, a viola foi incorporada a variados ambientes culturais, cada um com suas performances e estilos únicos. Exemplos disso são a Viola de Cocho, encontrada no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; a Viola Machete, no Samba de Roda do Recôncavo Baiano; a Viola dinâmica ou nordestina, usada no repente; e a Viola Fandangueira, associada ao Fandango Caiçara no litoral sul de São Paulo e litoral norte do Paraná. Todos esses tipos de viola são classificados como cordofones compostos, ou seja, instrumentos de cordas com caixa de ressonância.

Em Minas Gerais, a viola é geralmente conhecida como Viola Caipira, mas também recebe nomes como Sertaneja, Paulista, de Queluz, de Arame, Mineira ou simplesmente Viola. A terminologia utilizada para o instrumento, especialmente “Caipira” e “Sertaneja”, é objeto de debates acadêmicos sobre a identidade brasileira, conduzidos por intelectuais como o sociólogo Antônio Cândido e o antropólogo Darcy Ribeiro. Esses termos são centrais nas discussões sobre as características do povo brasileiro e ajudam a diferenciar as especificidades culturais dos diversos grupos sociais que compõem o país.

Texto do Dossiê para registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola em Minas Gerais. IEPHA/MG, 2018.

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